AOS PRESUNÇOSOS

No Curso de Medicina, o professor se dirige ao aluno e pergunta:
-Quantos rins nós temos?
-Quatro! – Responde o aluno.
-Quatro? – Réplica o professor, arrogante, daqueles que sentem prazer em tripudiar sobre os erros dos alunos.
-Traga um feixe de capim, pois temos um asno na sala. Ordena o professor a seu auxiliar.
-E para mim um cafezinho! – Replicou o aluno ao auxiliar do mestre.
O professor ficou irado e expulsou o aluno da sala.
Ao sair da sala, o aluno ainda teve a audácia de corrigir o furioso mestre:
-O senhor me perguntou quantos rins “nós temos”. “Nós” temos quatro: dois meus e dois seus.
-“Nós” é uma expressão usada para o plural.
-Tenha um bom apetite e delicie-se com o capim.
Aparício Torelly Aporelly (1895-), mais conhecido como o “Barão de Itararé

Essa parábola nos faz refletir o quanto aqueles que se acham “superiores” julgam o próximo, apressadamente, sem olharem para si mesmo.
A vida exige muito mais compreensão do que conhecimento! Algumas pessoas, por terem um pouco a mais de conhecimento, ou “acreditarem” que o tem, se acham no direito de subestimar os outros.
Também no nosso convívio lidamos com situações similares. Classificar pessoas como “ANALFABETOS FUNCIONAIS” é, acima de tudo, subestimar a capacidade produtiva de cada indivíduo.
Humilhar e subordinar é a arma dos verdadeiros “analfabetos de ética e moral”! Eles não conseguem compreender as desigualdades de oportunidades produzidas historicamente, nem, tão pouco, ter a sensibilidade de perceber as características que cada um pode trazer, como a “timidez”.

Haja capim!!!

Celso F. Sant’Anna
Diretor Estadual
ASNAB/Bahia
Diretor/Sintsef/Bahia

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